quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Existência em Si, Um Universo Fora de Mim

Até que ponto minha existência está interligada ao outro. Qual é o altruísmo da existência?

Existir? Esse é o primeiro problema. A Wikipédia me diz: “Existência é a qualidade de tudo que é real ou existe, e também a base de todas as outras coisas. Seus campos de estudo são principalmente a Metafísica (enquanto tratado o aspecto amplo do termo) e a Ontologia (do ser enquanto ser). Sartre foi um filósofo conhecido a tratar temas tais qual a existência, o nada e o ser.

Bem, vamos filtrar existência na ontologia – do ser enquanto ser.

E neste ponto que se chega que é impossível falar de outro (os). Porque a existência compete a mim. Logo, eu como senhor da minha vida, do meu futuro, dos meus desejos tenho a liberdade de fazer da minha existência o que bem entender. Correto? Espero que sim!

Com esse domínio eu posso dar fim nela quando eu bem entender. Agora, se a existênciacompete a mim, porque as famílias acham “fraqueza” “egoísmo” o suicídio?

Cada um trás em si um universo particular, um infinito particular que nunca vamos compreender. Que nunca vamos saber o que se passa. Absolutamente, um Universo Paralelo.

A dimensão da vida da vida do outro é indescritível fora dele, senão por ele.

E como já dizia Marisa Monte “Só não se perca ao entrar / No meu infinito particular

Tão particular que nos sentimos sozinhos mesmo estando acompanhados. Tão Infinito que estaremos só enquanto aqui vivermos.

Pois depois daqui, volta a ser o que era antes de estarmos aqui - NADA!


Liberdade de Consciência! Liberdade de Existência!


Pierre Mattos

Um comentário:

Alan B. Buchard disse...

Ao que diria Sêneca: "Por menos que eu tenha, ainda me sobraria mais viático do que via, até porque não é necessário que percorramos até o fim a via em que ingressamos. Seria uma viagem incompleta se parássemos na metade ou antes do lugar estabelecido? A vida não é incompleta se é honesta. Onde quer que pares, se parares bem, estará completa." (Carta LXXVII - Do suicídio)

E ainda: "A morte é a não-existência. O que quer que isso seja, depois de mim, será o mesmo que foi antes de mim. Se nisso existe algum tormento, é necessário que também houvesse antes que viéssemos a luz; porém, naquela ocasião não sentimos nenhum constrangimento." (Carta LIV - Da asma e da morte)

E por fim, como diria Hermann Hesse: "Para o homem consciente só havia um dever: procurar-se a si mesmo, afirmar-se a si mesmo e seguir sempre adiante o seu próprio caminho, sem se preocupar com o fim a que possa conduzi-lo (...) O verdadeiro ofício de cada um era apenas chegar até a si mesmo (...) Aquele que verdadeiramente só quer seu destino já não tem semelhantes e se ergue solitário sobre a terra, tendo a seu lado os gélidos espaços infinitos (...) Aquele que só quer seu destino já não tem modelos nem ideais, amores nem consolos (...) Também não deve querer ser revolucionário, exemplo ou mártir (...) Só podemos aspirar a nós mesmos, a nosso próprio destino."

Faça as interpretações que lhe convier velha...